The building of Brazilian Party System

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Resumo

O objetivo principal deste trabalho é analisar o fenômeno da formação e sucesso de novos partidos no período de redemocratização e retorno do sistema multipartidário brasileiro (1979-2018). Embora o fenômeno seja recorrente no Brasil, poucos estudos têm se debruçado mais diretamente sobre o tema no Brasil. Afinal quais são os determinantes da formação contínua de novos partidos? Nossa resposta aponta para estratégias partidárias aliadas a incentivos contidos pela flutuação das regras eleitorais. Utilizamos metodologias anteriores e conceituamos novos partidos como aqueles que são organizacionalmente novos (conquistam um novo registro) e conquistam ao menos um assento na Câmara dos Deputados. Dividimos os partidos por sua organização de fundação como de contestação ou cooptação para avaliar o impacto diferenciado de variáveis institucionais e econômicas sobre estes. Nossos achados apontam que partidos totalmente de “fora do sistema” (os de contestação) tem mais dificuldades de se tornarem competitivos demonstrando que o fenômeno do surgimento de novas siglas se liga mais a uma reorganização estratégica das elites do que uma demanda pela via do eleitor.

Palavras-chave:

Novos partidos; organização partidária; comportamento político; sistema partidário e eleitoral; estratégias partidárias.

Biografia do Autor

Décio Vieira da Rocha, FGV

Adjunct professor in the Law course at Fundação Getúlio Vargas, RJ. PhD in Political Science.

Paula Cruz Pimentel, State University of Montes Claros

PhD candidate in Social Development at the State University of Montes Claros, UNIMONTES-MG.